A conquista do Kiss que mais orgulha Gene Simmons
- 11/06/2023
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Na reta final da carreira – e sim, por mais que você duvide, a idade é implacável e levará ao inevitável desfecho em algum momento muito em breve –, o Kiss desafiou o mundo e saiu vitorioso. A banda nunca foi a queridinha dos críticos, especialmente nos anos 1970, quando elevou o nível do espetáculo dentro do rock através de seu estilo visual e pirotecnias – obviamente, aliadas a música simples, direta e muito divertida.
Durante aparição no programa “Good Morning Britain”, da ITV (via Blabbermouth), Gene Simmons falou sobre a maior conquista do grupo em mais de cinquenta anos de carreira. De acordo com o linguarudo (em todos os sentidos) baixista e vocalista, seu grande orgulho é:
“Foi mais de meio século desafiando os críticos. Nós os usamos como massa morta. Você sabe o que é isso? Você os tritura e os joga na terra. Eles não significam nada. Se dependesse dos críticos, não teríamos nossas coisas favoritas – ‘Star Wars’ e todas as coisas divertidas da vida. Nós os ignoramos completamente. E eu vou te dizer, a melhor parte de estar no palco e fazer o melhor show do planeta é o olhar nos rostos dos fãs. Não sei dizer o que isso significa. Estou feliz por concluir essa incrível jornada, mas ao mesmo tempo triste, porque o fim será de partir o coração.”
Líder da banda junto a Paul Stanley desde o começo, Gene não nega que a questão física determina que o Kiss esteja chegando aos momentos finais.
“Você tem que ter um pouco de orgulho e autorrespeito. Saiba quando sair do palco. Estamos fazendo isso há muito tempo e ainda me sinto muito bem. Não posso dizer o quanto significa para nós estar na frente dos fãs e fazer o espetáculo de todos os espetáculos. Mas no dia 2 de dezembro, em Nova York, no Madison Square Garden, será a última vez que o Kiss estará no palco.”
Sobre o Kiss
Formado em 1973, o Kiss vendeu mais de 100 milhões de álbuns em toda a carreira. É a banda americana com maior número de discos de ouro e platina de todos os tempos.
A formação original do grupo trouxe Paul Stanley (voz e guitarra), Gene Simmons (voz e baixo), Ace Frehley (guitarra solo e voz) e Peter Criss (voz e bateria). Conquistaram fama em 1975, com o álbum ao vivo “Alive!”, e permaneceram com esta formação até 1980, ano em que a saída de Criss foi oficializada. Frehley, por sua vez, seguiu até 1982.
Stanley e Simmons optaram por dar continuidade ao grupo com substitutos. O baterista Eric Carr ocupou a vaga de Peter até 1991, quando morreu, aos 41 anos, vítima de um câncer no coração. A guitarra solo passou pelas mãos de Vinnie Vnicent e Mark St. John até se firmar com Bruce Kulick, a partir de 1984.
Com o falecimento de Carr, Eric Singer foi trazido para o grupo. Em 1996, tanto Singer quanto Kulick foram dispensado para as voltas de Criss e Frehley.
No ano 2000, o Kiss anunciou uma turnê de despedida que durou até o ano seguinte. Porém, a banda optou por continuar suas atividades, novamente sem Peter e Ace. Eric Singer retornou e Tommy Thayer assumiu a guitarra solo.
Nesta configuração final, o grupo anunciou em 2018 sua segunda turnê de despedida, “End of the Road”. Iniciada no ano seguinte, a excursão teve mais de 200 shows distribuídos pelas Américas, Europa, Oceania e Ásia.
por: João Renato Alves no site www.igormiranda.com.br